28 de novembro de 2011

crónicas culkin: era uma vez um livro, uma árvore e um filho

Isto era uma sexta-feira e eu estava no Frágil. Enquanto um amigo meu lançava um livro, vagueava sozinha de copo na mão pela sala. Foi então que fui atacada por aquele ditado do "ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro". A triologia da realização suprema, diz-se.
Ora, pensei, ele já escreveu o livro, já tem um filho, falta a árvore, será que já plantou uma árvore?
*auto-silêncio*
Nem uma árvore plantei... mas isso até pode ser bom, quer dizer que a minha vida ainda está a começar e vou ser ainda mais realizada do que sou agora (obrigada livro de auto-ajuda que uma vez comprei no aeroporto). Tipo os presentes de Natal, são sempre melhores fechados, depois de abrir o primeiro é quase tudo igual. Bom, talvez seja assim:

Se estás mais perto de ter um filho, que de escrever um livro, espera.
Se estás mais longe de ter um filho, do que de plantar uma árvore, apressa-te.
Mas se estás mais perto de escrever um livro, que do filho, aproveita.

23 de novembro de 2011

crónicas culkin*

Estou na dúvida entre afogar-me em mon chéri ou declarar-me de uma vez por todas ao Bruno Nogueira. E pedir que me faça um filho.


* O Macaulay Culkin a.k.a. Super Cute em pequenino, human-testing-gone-bad em grande, foi deixado várias vezes sozinho em casa, nos anos 90. É por isso um símbolo da negligência (pré-independência)/ esquecimento de sua existência, por outros.

123 Oliveira 4

É o que isto me faz lembrar: Worst Internet Passwords

22 de novembro de 2011

esta semana ouve-se em loop:

Correndo o risco de me tornar repetitiva, a banda sonora do Drive é, de facto muito boa. Grande parte da culpa é de Cliff Martinez, compositor para vários filmes incluindo o Sexo, Mentiras e Vídeo (que pensei durante muito tempo ser o equivalente ao Garganta Funda e via às escondidas). O Kavinsky, um grande electrónico carregadinho de bom gosto, que dá nome ao "Nightcall". "A Real Hero" que traz de volta o acne e os melos no páteo, e a "Tick on the Clock" que faz um sábado à noite como deve ser. Estou mesmo "under your spell". Deixo-vos com a lista das músicas:

1. "Nightcall"   Kavinsky, Lovefoxxx
2. "Under Your Spell"   Desire
3. "A Real Hero" (feat. Electric Youth) College, Electric Youth
4. "Oh My Love" (feat. Katyna Ranieri) Riz Ortolani
5. "Tick of the Clock"   Chromatics
6. "Rubber Head"   Cliff Martinez
7. "I Drive"   Cliff Martinez
8. "He Had a Good Time"   Cliff Martinez
9. "They Broke His Pelvis"   Cliff Martinez
10. "Kick Your Teeth"   Cliff Martinez
11. "Where’s the Deluxe Version?"   Cliff Martinez
12. "See You in Four"   Cliff Martinez
13. "After the Chase"   Cliff Martinez
14. "Hammer"   Cliff Martinez
15. "Wrong Floor"   Cliff Martinez
16. "Skull Crushing"   Cliff Martinez
17. "My Name on a Car"   Cliff Martinez
18. "On the Beach"   Cliff Martinez
19. "Bride of Deluxe"   Cliff Martinez

21 de novembro de 2011

sempre em frente

Porque gostei do Drive?
. porque lembra jogos de carros
. tem o ryan gosling
. porque gosto de jogos de carros, com um ambiente "russo", amores imperfeitos, que ficam por viver
. tem stop motion, honra e o ryan gosling
. mas principalmente, porque a banda sonora é brilhante.



19 de novembro de 2011

do que são feitos os dias

. os 15 a 30 minutos extra do despertador, de manhã.
. raspar a parte queimada das torradas
. abrir uma embalagem nova de papel higiénico e ponderar sobre as aberturas-fáceis
. deambular pelo corredor de vinhos, com mais afinco no Douro e Alentejo
. pensar como será a vida do senhor do café, se também é ele que cozinha em casa
. esquecer os sacos reutilizáveis em casa, sempre, e comprar um novo, quase sempre
. andar pouco tempo com o jornal na mão para não tingir, ou então abrir, pegar na revista e pô-lo lá dentro
. levar o guarda-chuva quando não é preciso
. salpicar a loiça lavada com detergente, sem querer, e sentir uma ligeira azia
. pôr um filme antes de dormir e resistir ao sono, passados 5min
. passar um sábado inteiro de pijama em casa, com o mesmo entusiasmo que ir à feira popular

18 de novembro de 2011

obrigada allmusic por alegrares tantas vidas



Descobri estes Korallreven mesmo há bocadinho. Cheiram-se-lhes semelhanças com alguns outros, mas a verdade é que há sempre espaço para a dreamy-synth-pop, ou lá como gostam de padronizar a coisa.
Este foi o debut single, mas o novo álbum está aqui ao lado, mais em baixo, no quadradinho à direita.

16 de novembro de 2011

*shhhh* não digas isto a ninguém

Quando as saudades batem parece que o tempo tropeça a meio do streaming e troca o fast-forward pelo rewind. E rabino, esquece-se de avisar.
As mesmas ânsias, as manias e a manta-a-dividir, o mesmo saber que vai chegar e a mensagem do fim do dia. O mesmo conhecer.




E agora que volto a hoje, nada disto tem sítio para ser e as saudades estão gastas, russas. E isso, isso, é bom.

15 de novembro de 2011

caros fãs de filmes de zombies

Não percebo como é que nunca inventaram uma Buffy para os Zombies. Os vampiros estão sempre a entrar no nosso território. Existem caça-vampiros mas não existem caça-zombies. Institucionais, pelo menos*. Uns que olhemos e se diga logo "olha ali vai um caça-zombies".
Eles têm uma cheerleader loira que anda noite a dentro com uma estaca na mão, um amigo historiador sempre acordado e uma melhor amiga histérica que dá imenso jeito para alertar o perigo iminente.
E nós? Népias. Só mesmo a wikipedia em vez do historiador, com sorte.
A verdade é que o único que se dispõe a criar alguma coisa do género é o Rodriguez. E mais aquela pin-up assassina da espingarda-prótese na perna.
Temos, uma vez por todas de pegar o touro, ou o zombie - as you wish - pelos cornos, e arranjar uma super miúda que esventre zombies como se não houvesse amanhã. Está bem senhores realizadores de Zombi-wood?


*Não vale dizer que a Milla Jovovich é uma, porque é só em filmes (i hope) e não é para todo o sempre, nem todas as ocasiões, nem o filme tem o nome de super-heroína, dela.


Pick me, pick me, pick me!

11 de novembro de 2011

amariamadalena.blogspot.com

Assim é que é. Mudei o endereço.

às 11 e 11 do 11 do 11 do 11

... não aconteceu nada. Este semi-palíndromo foi mais uma promessa vã. Este mês o mundo já esteve para acabar/mudar para todo-o-sempre 2 vezes.
O que me faz pensar que de facto o mundo é masculino. Até foi o Marco que disse "eles falam falam e não os vejo a fazer nada".
Estava à espera disto (no mínimo):

Ó Tempo, por favor pergunta ao Tempo se mais Tempo para me dar, tem.

Não faço ideia onde é que meteram as minhas 24h... desde segunda-feira.


6 de novembro de 2011

ó MEC, que me deste o Outono de cidade beijada!

"Aqui podemos comprar castanhas muito melhores do que aquelas que se assam nas ruas das grandes e pequenas cidades. Mas dão muito trabalho, gastam muito gás e acabam por ficar, inevitavelmente, uma merda. 
Quem nos dera os assadores trapaceiros de Lisboa que nos vendem castanhas boas à mistura com minorcas e podres, numa proporção de uma boa por cada três más. São quatro boas por cada dúzia, oito por duas dúzias (a quantidade que se deve encomendar)".

As Saudades urbanas
in Público, de hoje
MEC

o Nemo também é uma cobra siamesa