28 de dezembro de 2011

anti coca-cola is so anti mac

Zoom in: campanha publicitária "razões para Acreditar" só se aplica a Portugal e à Crise nacional.

Zoom out: a crise é mundial, afecta naturalmente mais uns do que outros (versão espanhoelas). Realmente não estamos no melhor lado de momento, azarina albertina.

Acima de tudo - estatísticas à parte - é agradável, e no Natal é isso que se quer. Para pesadas, bastam as consciências, as balanças, e com isso as primeiras resoluções de fim de ano a borbulharem. Orgasmos múltiplos para o Holmes Place.

Não querendo parecer a minha avó, mas já parecendo, penso, de voz tremida, que a maior crise será a de valores. Qualquer dia o Optimismo é uma Causa e depois vai ser tramado ser do contra.

27 de dezembro de 2011

work gossip

É mais fácil desdenhar alguém que está a ler no escritório, do que desconfiar se estiver ao computador. Mesmo não dando para ver se está a pesquisar as boxers 100% algodão para o marido e a última cor de verniz Chanel, não interessa, dá um ar mais ocupado.
Agora se estiver a ler alguma coisa na mesa, é porque não tem nada para fazer.

20 de dezembro de 2011

esta semana ouve-se:

Eu já gostava deles, desde o Always on the Telephone. Ando a explorar o novo álbum e até agora gosto bastante desta.






Vem mesmo a calhar, com o tempo parado das semanas antes do fim de um ano.

19 de dezembro de 2011

She wasn’t doing a thing that I could see, except standing there, leaning on the balcony railing, holding the universe together*

















* J.D. Salinger

a família

A minha avó liga-me de vez em quando. Para se assegurar que eu não estava no Japão na altura do tsunami, se por algum acaso fui presa injustamente, se me tenho alimentado porque coitadinha tenho duas mãos que não devem funcionar muito bem. Se me queimei a acender um fósforo ou ainda se consegui apanhar um autocarro por causa da greve dos camionistas.
Só não consegui perceber ainda, se é melhor dizer que estou em casa ou não. Quando estou em casa não posso estar sozinha, mas se está muita gente é perigoso porque as pessoas são malucas. Não posso comer congelados, mas também não posso perder muito tempo a cozinhar depois de um dia de trabalho, coitadinha.
Vendo pelos olhos da minha avó, passada a porta da rua, o cenário é pós-apocalíptico, com granadas a fazer as vezes das pedras da calçada e caixas com mantimentos e armas, disfarçadas de caixotes do lixo. E depois toda a gente sabe daquele perigo eminente de se levar com um piano em cima. E o meu vizinho de cima tem mesmo um piano. 

quando chega a altura de não gostar do Natal

Pensei que não me ia apanhar. Tal como tive a certeza de que não iria ter gripe A e por isso não tomei a vacina.
Bom, de facto não tive gripe A, mas isso agora não é importante.
Mas em relação ao Natal embora achasse que a coisa não ia pegar, o troco já foi outro. Chegava a Novembro e já andava de enfeites na mão pela casa e a olhar para as montras das lojas dos 300 e a inventar parentes para comprar presentes. O Natal é dos miúdos, verdade, mas as garrafas de vinho, whisky e mon-cheris vão deixando a malta adulta apreciar o seu bocadinho de Natal. Depois vem o All I want for x-mas is you da Mariah Carey e a certeza de que you queríamos ter no Natal e a coisa começa a azedar, ou não. A família começa a ficar mais pequena, por norma, claro que há sempre as famílias de parideiras. Uns anos depois começa um esforço para não limitar a alegria do Natal ao bacalhau e eventuais presentes. Vamos portanto, puxar da criatividade e para quem ainda não o fez, experimentem embebedarem-se com os  familiares e recorram ao beijinho embrulhado, que a coisa passa-se.













Quanto ao fim de ano, não faço resoluções na mesma, mas decidi que me vou concentrar mais no beijo da meia-noite do que nos desejos das passas, que, verdade seja dita, a meio do ano já não me lembro de metade. Só mesmo nas obsessões que passam de ano para ano.

16 de dezembro de 2011

crónicas culkin*: auto-satisfação

Aquando ausência de companhia, deixar de brincar jamais será solução.






* O Macaulay Culkin a.k.a. Super Cute em pequenino, human-testing-gone-bad em grande, foi deixado várias vezes sozinho em casa, nos anos 90. É por isso um símbolo da negligência (pré-independência)/ esquecimento de sua existência, por outros.

7 de dezembro de 2011

pára tudo!

O meu dia mudou. Descobri, provavelmente - como a Carlsberg - o melhor site do mundo.
Considerem o meu presente de Natal e esqueçam lá saírem mais de casa hoje, depois disto.

http://procatinator.com/

6 de dezembro de 2011

esta semana ouve-se:

Os Gang of Four são, eram, dos anos 70, precisamente 77. Achavam que o Marxismo ia que nem ginjas com o punk rock. Tinham a escolinha toda e uma grande credibilidade musical.
Só tiveram o azar de ainda estarem vivos e de, à data, já não terem nenhum dos membros originais. Como dizia um amigo meu noutro dia, as lendas do rock'n'roll não se fazem à toa, têm de cheirar mal, ter overdoses e com sorte, morrer em alta.



cowslick -ou- o sonho de mulher



































COWSLICK. Só prometemos o cabelo.

5 de dezembro de 2011

2011 em imagens

Ai não que não são os nossos melhores amigos.


14º A girl in isolation for radiation screening looks at her dog through a window in 
Nihonmatsu, Japan on March 14. (Reuters / Yuriko Nakao)




hidden treasures, revelados hoje

Confesso que ainda não ouvi, acabou de sair mesmo agora - hoje - o tão esperado álbum da nossa queridissima Amy. Agora com um sabor a pouco, a último.
Sinto o mesmo no último episódio de uma série ou o último capítulo de um livro (a lembrar o post da Rachelet, dona desse grande senhor o Sebastião).

Lioness: Hidden Treasures

2 de dezembro de 2011

hmm, hmm, hmm, hmm, hmm

Os dias no meio dos outros dias, trazem-me sempre alguma melancolia e um sentimento de distância. Os feriados às quintas, são dias no meio dos outros dias, da ordem normal dos dias.