31 de outubro de 2011

refugiada

Ando de mala e portátil atrás e cada dia fico numa casa diferente *chinfrim de instrumentos que pretendem criar um clima de tensão e marcar um momento importante*. Sinto-me em Erasmus, ou em inter-rail ou nas férias grandes de verão já na faculdade. Pior, sinto-me refugiada na cidade que me viu nascer *drama drama drama*.
Ou é porque uma é muito longe do trabalho, noutras não estou sossegada e outras têm gatos - que são como kryptonite para mim. Pior dos piores *drama drama drama*, soube à pouco que a instalação do gás e da luz tem listas de espera de 7 dias desde o dia em que se "solicita a instalação" *drama, drama, drama*. Nem me importo de tomar banho de água fria (recordem o tempo que estive na casa anterior sem termo-acumulador e a aquecer água no fogão) mas às escuras, já não queria. Gostava antes de brincara às casas prontas e funcionais.
 
Só gosto de gatos para fazer pena às pessoas.

30 de outubro de 2011

cu cu

Não desapareci. Pelo menos assim para sempre ou por um mês como da última vez.
Mas estou em mudanças e para me conseguir escapar - sem peso na consciência - tem sido dificil. Em relação ao outro tipo de peso - de acartar com coisas que não fazia ideia ter e das quais prometo livrar-me todos os dias e ainda de outras que provavelmente irei acumular - estou a ficar perita.

24 de outubro de 2011

granda nóia

Estou p'ra lá de Bagdad (divirtam-se aqui)

- Mas porquê? o que te aconteceu?
- Andei na farra sexta e sábado, e domingo tive de acordar às 10h para montar uma banca no LX factory.
- Montar uma banca de quê?
- Uma banca de peças vintage e retro (podia dizer velharias, mas não tem o mesmo cachet).
- Mas agora és feirante?
- Não, não sou feirante, mas estamos em poupanças (prefiro a, crise) e tudo o que está a mais é para vender ou passar ao próximo.
- E correu bem? 
- Não, não correu, obrigadinha por meterem o dedo na ferida. Porquê? Porquê? Porque o tempo se vingou do verão indiando e choveu muitoe. Temi nunca mais sair de Alcântara, onde tudo o que é esgoto entope mais que os pastéis de Belém ao fim-de-semana*. Ou a fila para comprar o passe, no Metro. Ou a fila da sessão de cinema das 21h. Ou as filas da Expo'98, à noite.

* obsessão pelos pasteis de Belém, check. Pelas filas é que não, as bichas são-me indiferentes.

22 de outubro de 2011

20 de outubro de 2011

a wikipedia não é de fiar...

Maria Madalena é descrita no Novo Testamento (não encontrei nada lá sobre alguém tão fixe mas tão fixe que o mundo explodiu) como uma das discípulas mais dedicadas de Jesus Cristo (mentira, é de Julian Casablancas). 
É considerada santa (sim, às vezes dizem-me que sou um anjinho, deve valer também) pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana (não sei o que querem dizer com isto, nunca tive qualquer elogio de uma igreja. O que é normal, porque as igrejas não falam) sendo celebrada no dia 22 de julho (por acaso tenho preferido Abril, mas não me importo de celebrar em Julho também, tudo bem). É também comemorada pela Igreja Luterana (esta passa, porque é aquela do Martin Luther King) com festividades (defina festividades) no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa (eu não celebro a Páscoa, isto não faz sentido nenhum). O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala (tenho de ir trocar a Naturalidade senão ainda me tramam um dia destes quando descobrirem que tenho S.Sebastião da Pedreira em vez de Magdala), cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia (na Galileia tinham uma sandálias muito giras, daquelas das fitas pela perna acima, muito sexy).

Erroneamente aqui

pá...

Boneco do Multibanco foi espancado por pessoa endividada que não conseguiu levantar dinheiro porque o boneco disse que a conta não tinha saldo

19 de outubro de 2011

eles andem aí

Ia eu, ia eu a caminho do trabalho, alegremente a ouvir o Beat it do Michael Jackson e deparei-me numa carrinha preta de onde saiam senhores atarefados a carregar coisas para um prédio. Como tive de parar para um deles passar, reparei que na porta lateral da carrinha estava escrito o seguinte "we boost your business in the field".

(este parágrafo destina-se a proporcionar o tempo necessário para digerir esta frase e produzir pensamentos próprios, ou o comum "eu pessoalmente acho que")

Infelizmente, não tive tempo para ver de que era a empresa, sem parecer maluca ou tarada por carrinhas, ou mesmo por senhores transportantes (aviso: a invenção de palavras é importante para a saúde mental das pessoas no geral e no particular).
Mas assim de repente só me faz sentido ser de material bélico, especializado em granadas (principalmente).

18 de outubro de 2011

make-over

Ando em mudanças por aqui e na vida real também. Afinal das contas, não estão assim tão separadas.

a sério, juro que vou mudar.

Nunca damos por ela. Assim à primeira, quero dizer. Estou a falar dos namorados cleeny, daqueles chatos  que criticam meticulosamente tudo e que cobram uma lista infindável de to do's que por clara negligência nos esquecemos. Que nos fazem desenvolver uma capacidade quase 'premonitória' dos nossos passos, para não levarmos na cabeça. Numa de não repetirmos o que, por uma qualquer razão moralista que desconhecemos até então, não devíamos ter feito nunca na vida.
A fase bicuda chega com a dúvida entre ser melhor justificar a atitude ou o ignorar abrupto e contínuo. O que levará eventualmente a um afastamento. Grande. Provavelmente e também, pelo silêncio que se vai 'encastrando' por todo o lado onde passam, mais desconfortável que o de Auschwitz.
Pior que um namorado assim, é um chefe. Onde a pressão assídua gera uma culpa injustificada e faz, por exemplo, tentarmos perceber se por acaso dissemos alto o que estávamos a pensar. Que poderá incluir ofensas e descrições meticulosas de tortura, ao próprio, sem nos apercebermos. Numa de tentar justificar o seu mau humor, constante. Uma forma da nossa consciência dar miminhos ao Ego e afastar a ideia de que de facto possamos ter feito algo de errado.

Estamos sempre em falta. Devíamos ter adivinhado o que ele queria ou ter trazido um chocolate do almoço para saber o quanto gostamos de trabalhar com ele. Pior, é não responder imediatamente a mensagens ou mails. Poderá desencadear imediatamente "a conversa".
Não sei, se óleo de massagem, uma garrafa de vinho e uma promessa de viagem quando fizermos 1 ano para Bora-Bora, poderá resultar, mas duvido. Não que o assédio sexual do escritório não seja altamente, mas tenho para mim que não será a resposta.
Dammit.

17 de outubro de 2011

pelo sim, pelo não (for the yes, for the no)

Resolvi fazer uma caixinha de amigos ali à direita.
Espero é não passar a vergonha de não ter nenhum. Porque é uma vergonha muito grande. Quase tão grande como daquela vez que depois de mergulhar no escorrega da gaivota fiquei com as maminhas ao léu. Damn you bikini de cortinas. E os meus amigos riam-se e perguntavam repetidamente "queres uma mãozinha para subir?" *ah ah ah - riso de adolescente porco*. Enfim, cenas.

é isto.


Para ver o Wally de perto

actualizações

O T1 não correu tão bem quanto esperado. Mais uma vez apanhei uma espécie de senhorio, que me fez a vida negra. Para além do 1º mês inteiro sem água, estive até agora sem máquina de lavar roupa. E se achei que tomar banho de água fria era mau, agora passou-me pela cabeça que preferia ter a máquina da roupa, porque sempre podia mandar-me lá para dentro, amaciador included.
Posto isto, vou mudar outra vez. Desta feita para um T2 e com uma amiga.
Adeus narcisismo, adeus passeios desnudados pela casa, adeus garrafas de vinho solitárias.
Olá casa espectacular :)
(promete-se postar pormenores da casa para provocar inveja em outrem).

16 de outubro de 2011

Quem quer ser ex-lionário?

Dizem-nos que depois do primeiro desgosto de amor, todos os seguintes não são tão maus porque já conhecemos o processo. Sabemos que as duas primeiras semanas são insuportáveis, que temos de esconder todas as facas da casa e evitar as drogas duras. Que depois disso, em vez de pensarmos 24h nessa pessoa e no que ela acharia disto daquilo e do outro -que de repente deixamos de poder contar- começa a saltar 1, 2 dias sem pensarmos nele. Mesmo assim vamos acumulando todas as coisas que se vão passando para, no caso de voltarmos, lhe contarmos.
Ainda nesta fase de aborto mental, perdemos alguns amigos e ganhamos outros. Que usualmente, formam o grupo de sair à noite e que serão pessoas em igual situação ou pior ainda. Pessoas que, secretamente sabemos, caso estivessemos felizes numa relação jamais iriam jantar lá em casa ou em double date ao brunch ao domingo.
Mais ainda, começamos a evitar os restaurantes românticos, os sábados de manhã e o dia inteiro de domingo. Ir a centros comerciais é de cortar os pulsos, mais ainda quando já não podemos gozar colectivamente (inclua-se namorado) com os fatos de treino e as mãos-unhas-de-gel nos bolsos traseiros dos 'mores' - raça típica Colombo-iana. Mas como é intolerável deixar de ir à Fnac, carregamos o pesado semblante, sem o entusiasmo de outros tempos, andamos sempre a olhar para o chão na esperança de não esbarrar com um casal feliz a comprar DVD's ou televisões para a sala. Sala essa que terá fotografias dos dois em momentos asquerosamente românticos, ou quem sabe super-divertidos nas férias de Verão.
E depois chega o Inverno e a obrigação (mesmo) em esconder todas as mantas e DVD's que dividiam amorosamente com a cara metade. Logicamente oposto ao desacompanhado tiritar de agora.
Maneiras que não, ainda não consegui arranjar maneira de ultrapassar o fim de uma relação, sem passar pela casa de partida. Não há auto-save, merda. Ainda estamos na pré-história dos jogos, que apesar de tudo o que possamos construir durante uma hora, se falharmos, vai tudo com o. E depois só mesmo começando de novo. O que dá uma adrenalina desgraçada, seguida de uma responsabilidade em fazer tudo bem à primeira, e por fim a frustração desmesurada. Mesmo assim podemos ter uma ou outra vida extra, e ir tentando salvar a relação, apesar de eventuais quebras de confiança ou mesmo da tesão. Ora toda a gente sabe que, uma vez recorrida a ajuda do público, as restantes jogadas estão em risco, severo. Que é a altura em que nós miúdas começamos freneticamente a ligar às amigas e a descarregar tudo o que ele fez e deixou de fazer durante os últimos meses em que desaparecemos do mapa em nome da paixão.
Que é o que os concorrentes do Quem quer ser milionário devem sentir quando não ganham na última pergunta. "Penso eu de que".